Declaração de Princípios

União Latino-americana de Entidades de Psicologia

Con­siderando que:

1. A real­i­dade social e cul­tural especí­fica dos países da América Latina jus­ti­fica a cri­ação de enti­dades cien­tí­fi­cas que refli­tam os ver­dadeiros prob­le­mas do ser humano da região para pro­mover seu desen­volvi­mento.

2. Que os con­hec­i­men­tos devem basear-se nos estu­dos cien­tí­fi­cos que con­tenham a diver­si­dade e as neces­si­dades dos países lati­noamer­i­canos.

3. Nesses países esses prob­le­mas estão no campo da edu­cação, da mora­dia, da saúde, do tra­balho, em geral, das condições de vida da majori­tari­a­mente deficitária.

4. Qual­quer desen­volvi­mento social, político e econômico deve con­sid­erar o acesso eqüi­ta­tivo e justo as condições mín­i­mas de vida, para pro­mover a dig­nidade do ser humano.

5. Existe uma neces­si­dade urgente na América latina de inte­grar todos os setores da sociedade na con­strução de políti­cas públi­cas que garan­tam a igual­dade de opor­tu­nidades no acesso dos bens econômi­cos e cul­tur­ais e a todas as con­quis­tas de desen­volvi­mento das ciên­cias e da tec­nolo­gia.

6. A psi­colo­gia, nos últi­mos 50 anos, desen­volveu um con­hec­i­mento cien­tí­fico especí­fico sobre as neces­si­dades, moti­vações e inter­esses do ser humano e que, por tanto, tem a respon­s­abil­i­dade de em constituir-se como refer­ên­cia para a con­strução de políti­cas soci­ais na América Latina.

7. O desen­volvi­mento do corpo teórico e cien­tí­fico na América latina deve ser impul­sion­ado através do inter­câm­bio e da colab­o­ração entre os profis­sion­ais e cien­tis­tas dos diver­sos países.

8. Este necessário inter­câm­bio exige uma orga­ni­za­ção e uma instan­cia que se con­sti­tua como porta voz dos pro­je­tos cole­tivos, pro­movendo a obtenção de recur­sos necessários para o desen­volvi­mento e o for­t­alec­i­mento de todas as insti­tu­ições que se dediquem a for­mação em psi­colo­gia, a pro­moção da saúde, ao bem-estar do ser humano e a con­strução de condições de vida digna e de igual­dade de opor­tu­nidade para todos.

9. Essas condições de vida dig­nas antes men­cionadas con­fig­u­ram dire­itos humanos; e é o com­pro­misso ético da psi­colo­gia preservá-los e bus­car que sejam respeita­dos em todas suas dimen­sões em todos os momen­tos e situações.

Diver­sas Enti­dades da Psi­colo­gia pre­sentes na América Latina resolveram agrupar-se na União Latino amer­i­cana de Enti­dades de Psi­colo­gia (ULAPSI), para con­quis­tar uma orga­ni­za­ção maior que lute pelo cumpri­mento efe­tivo das final­i­dades antes anun­ci­adas, ori­en­ta­dos pelos seguintes princípios:

1. Apoiar o cresci­mento e a con­strução da democ­ra­cia e sobera­nia nacional.

2. Pro­mover a tol­erân­cia, equidade, liber­dade, plu­ral­i­dade, respon­s­abil­i­dade e a sol­i­dariedade social.

3. Con­tribuir com o recon­hec­i­mento e defesa dos dire­itos humanos.

4. Sol­i­dariedade e respeito ao povo e a cada uma das enti­dades de Psi­colo­gia que a inte­grem como tam­bém o espírito democrático que garan­tisse o fun­ciona­mento da rede.

5. Fomen­tar o desen­volvi­mento e a inter­venção de práti­cas psi­cológ­i­cas éticas.

6. Incen­ti­var uma Psi­colo­gia que com­preenda a real­i­dade dos proces­sos cul­tur­ais próprios desses países e responda aos deman­das especí­fi­cas de suas real­i­dades.

7. Bus­car uma Psi­colo­gia plural, no diál­ogo interno e externo que con­tribua sig­ni­fica­ti­va­mente para a inte­gração latino-americana.

8. Garan­tir relações de inter­câm­bio car­ac­ter­i­zadas pelo respeito, coop­er­ação e recon­hec­i­mento mútuo entre os psicól­o­gos e as enti­dades de Psi­colo­gia.

9. Garan­tir o espírito democrático para o fun­ciona­mento da ULAPSI.

10. Pro­mover estru­turas orga­ni­za­ti­vas hor­i­zon­tais entre as enti­dades da Psicologia

Cidade de Puebla, Méx­ico, 23 de novem­bro de 2002.


Declar­ação de Puebla
UNIÃO LATINOAMERICANA DE ENTIDADES DE PSICOLOGIA — ULAPSI

Em 23 de novem­bro de 2002 na Cidade de Puebla, Méx­ico, diver­sas enti­dades de Psi­colo­gia de 9 países da América Latina cri­aram a União Latino amer­i­cana de Enti­dades de Psi­colo­gia (ULAPSI), a qual pre­tende constituir-se como um espaço de artic­u­lação entre diver­sas enti­dades de psi­colo­gia em toda América Latina na busca de uma Psi­colo­gia com­pro­metida com a trans­for­mação das condições de vida da maio­ria da pop­u­lação de nos­sos países e com a final­i­dade de superar as desigual­dades soci­ais que car­ac­ter­i­zam as nos­sas realidades.

As Enti­dades se com­pro­m­e­tem a um tra­balho con­junto em prol dessas final­i­dades, respei­tando a autono­mia e a diver­si­dade de cada país.

POR UMA AMÉRICA LATINA UNIDA POR UMA PSICOLOGIA CARACTERIZADA PELO COMPROMISSOSOCIAL COM OS POVOS LATINOAMERICANOS.
  • Fed­er­ação dos Psicól­o­gos da República da Argentina (FEPRA)
  • Uni­ver­si­dade Maior de San Simón Cochabamba (UMSS) (Bolívia)
  • Cen­tro de Estu­dos Trans­dis­ci­pli­nares para o Avanço das Ciên­cias Humanas (CETBolívia)
  • Sociedade Brasileira de Psi­colo­gia Política (SBPP)
  • Con­selho Regional de Psi­colo­gia 12º região (Santa Cata­rina –Brasil)
  • Sociedade Brasileira de Psi­colo­gia Política (SBPP)
  • Sociedade Brasileira de Psi­colo­gia Social (ABRAPSO)
  • Asso­ci­ação Brasileira de Ensino de Psi­colo­gia (ABEP)
  • Con­selho Regional de Psi­colo­gia 6ª região (São Paulo-Brasil)
  • Asso­ci­ação Nacional de Pesquisa e Pós– Grad­u­ação em Psi­colo­gia (ANPEPP — Brasil)
  • Sociedade Brasileira de Psi­colo­gia do Desen­volvi­mento
  • Con­selho Fed­eral de Psi­colo­gia (CFP — Brasil)
  • Colé­gio de Psicól­o­gos do Chile
  • Sociedade Cubana de Psi­colo­gia da Saúde
  • Colé­gio Nacional de Psicól­o­gos (Méx­ico)
  • Cen­tro Uni­ver­sitário de Ixt­lahuaca A. C. (Méx­ico)
  • Asso­ci­ação Mex­i­cana de Alter­na­ti­vas em Psi­colo­gia (AMAPSI)
  • Fed­er­ação Nacional de Colé­gios, Sociedades e Asso­ci­ações de Psicól­o­gos do Méx­ico (FENAPSIME)
  • Colé­gio de Profis­sion­ais da Psi­colo­gia em Querá­taro A. C. (Méx­ico)
  • Uni­ver­si­dade Pedagóg­ica Nacional — Puebla (Méx­ico)
  • Colé­gio de Psicól­o­gos de Michoacán A. C . (Méx­ico)
  • Uni­ver­si­dade Autônoma de Tlax­cala (Méx­ico)
  • Sociedade de Psi­colo­gia Apli­cada (Méx­ico)
  • Uni­ver­si­dade Ver­acruzana — Fac­ul­dade de Psi­cología (Méx­ico)
  • Colé­gio de Psicól­o­gos do Estado de More­los (COPSIEM) (Méx­ico)
  • Colé­gio de Psicól­o­gos de Celaya (Méx­ico)
  • Fac­ul­dade de Psi­colo­gia da Uni­ver­si­dade Autônoma do Estado de Morelo (Méx­ico)
  • Colé­gio de Psicól­o­gos do Peru — Con­selho Dire­tivo Nacional
  • Escola de Psi­colo­gia da Uni­ver­si­dade de San Martín de Por­res — Lima (Peru)
  • Coor­de­nadora de Psicól­o­gos do Uruguai
  • Sociedade Paraguaia de Psicologia

Cidade de Puebla, Méx­ico, 23 de novem­bro de 2002.

Mtro Raúl Rocha Romero
Secretário Exec­u­tivo da ULAPSI